Nesse dia do livro...
Os livros nos abrem os olhos para o mundo e despertam consciências...
Para a festa de hoje estão todos convidados para o deleite, pois as emoções podem ser entoadas com um único toque, que alcança o coração e ultrapassa os limites do pensamento...
Então... Apertem os cintos e preparem-se para esta viagem ao alcance da mão...
Besos!
Silvia Castro - atriz, contadora de histórias, educadora
Para Comemorar: uma experiência minha com as crianças e a nossa viagem com a leitura...
Ponte de Histórias - Silvia Castro
Quando uma história encontra outras histórias, tudo se multiplica...
Foi assim que aconteceu...
Era uma vez uma contadora de histórias que embalada em sua rotina de ouvir, ler e contar histórias foi ao encontro dos alunos em uma Oficina de Contação de Histórias. Muitas dúvidas: o que haveria naquele universo cujas portas desconhecia completamente? Qual a chave para entrar ali? Como urdir o fio daquela trama? Sairiam daqueles encontros ouvintes? Leitores? Contadores?
No primeiro encontro, a surpresa estampada nos olhos deles: que matéria era aquela que fazia aparecer, magicamente, os animais alados, um sol quentinho, o porão, as bruxas, o inimaginável?
Ah... Aquela matéria era a palavra...
Assim... daquele dia em diante iam puxando com a língua as muitas formas do ouvido ler as palavras...
Livres, naqueles encontros de sessenta minutos. Juntos puderem conhecer mundos novos... Próximos e distantes, moradores da mesma cidade maravilhosa, afastados por realidades diversas... E as histórias iam possibilitando os encontros...
Era assim:
Se a contadora narrava uma história do mar da China, logo logo aparecia uma outra história conhecida de todos da comunidade, falando de um outro mar: o piscinão de Ramos...
Se a contadora abria um livro para ler as estrelas, rapidamente, os alunos contavam das noites em que deitados no chão, imaginavam serem estrelas os tiros que pipocavam no céu do mundo deles...
Se a contadora falava de uma princesa adormecida, enganada por uma velha que fiava, logo alguém se adiantava para lembrar do velho do botequim da esquina... Tinha que se ter cuidado para não ser enganado por ele...
E as histórias conversavam...
E foi assim até chegar o momento em que eles queriam ser as vozes que narravam as histórias, queriam ser os donos da palavra. E pediam: “Deixa eu contar a história, hoje, tia?” ;“Eu posso ler a história do livro para todo mundo?” ;“E se a gente inventasse a nossa própria história, seria bom?” O medo da palavra cedia lugar ao desejo de toma-la para si.
A força da palavra escrita, falada, tinha lhes penetrado a alma.
Aos tropeços, pulando as “pedras do caminho” lá iam os meninos atropelando as palavras, pulando as vírgulas, os pontos para alcançar o que de mais encantador havia na palavra: a multiplicidade de seus significados... Decifra-me e eu te devoro assim mesmo, reinventavam...
E, aqui, contadora e alunos chegaram juntos, não ao fim de uma história, mas quem sabe ao começo de muitas... Porque as pontes erguidas no turbilhão de palavras, quem sabe, podem fazer eco, ganhar força e compor destinos... Muito ainda a escrever.
Os livros nos abrem os olhos para o mundo e despertam consciências...
Para a festa de hoje estão todos convidados para o deleite, pois as emoções podem ser entoadas com um único toque, que alcança o coração e ultrapassa os limites do pensamento...
Então... Apertem os cintos e preparem-se para esta viagem ao alcance da mão...
Besos!
Silvia Castro - atriz, contadora de histórias, educadora
Para Comemorar: uma experiência minha com as crianças e a nossa viagem com a leitura...
Ponte de Histórias - Silvia Castro
Quando uma história encontra outras histórias, tudo se multiplica...
Foi assim que aconteceu...
Era uma vez uma contadora de histórias que embalada em sua rotina de ouvir, ler e contar histórias foi ao encontro dos alunos em uma Oficina de Contação de Histórias. Muitas dúvidas: o que haveria naquele universo cujas portas desconhecia completamente? Qual a chave para entrar ali? Como urdir o fio daquela trama? Sairiam daqueles encontros ouvintes? Leitores? Contadores?
No primeiro encontro, a surpresa estampada nos olhos deles: que matéria era aquela que fazia aparecer, magicamente, os animais alados, um sol quentinho, o porão, as bruxas, o inimaginável?
Ah... Aquela matéria era a palavra...
Assim... daquele dia em diante iam puxando com a língua as muitas formas do ouvido ler as palavras...
Livres, naqueles encontros de sessenta minutos. Juntos puderem conhecer mundos novos... Próximos e distantes, moradores da mesma cidade maravilhosa, afastados por realidades diversas... E as histórias iam possibilitando os encontros...
Era assim:
Se a contadora narrava uma história do mar da China, logo logo aparecia uma outra história conhecida de todos da comunidade, falando de um outro mar: o piscinão de Ramos...
Se a contadora abria um livro para ler as estrelas, rapidamente, os alunos contavam das noites em que deitados no chão, imaginavam serem estrelas os tiros que pipocavam no céu do mundo deles...
Se a contadora falava de uma princesa adormecida, enganada por uma velha que fiava, logo alguém se adiantava para lembrar do velho do botequim da esquina... Tinha que se ter cuidado para não ser enganado por ele...
E as histórias conversavam...
E foi assim até chegar o momento em que eles queriam ser as vozes que narravam as histórias, queriam ser os donos da palavra. E pediam: “Deixa eu contar a história, hoje, tia?” ;“Eu posso ler a história do livro para todo mundo?” ;“E se a gente inventasse a nossa própria história, seria bom?” O medo da palavra cedia lugar ao desejo de toma-la para si.
A força da palavra escrita, falada, tinha lhes penetrado a alma.
Aos tropeços, pulando as “pedras do caminho” lá iam os meninos atropelando as palavras, pulando as vírgulas, os pontos para alcançar o que de mais encantador havia na palavra: a multiplicidade de seus significados... Decifra-me e eu te devoro assim mesmo, reinventavam...
E, aqui, contadora e alunos chegaram juntos, não ao fim de uma história, mas quem sabe ao começo de muitas... Porque as pontes erguidas no turbilhão de palavras, quem sabe, podem fazer eco, ganhar força e compor destinos... Muito ainda a escrever.
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