Nao ha como nao SER
Faz calor
É minha alma anda solta a aprender outras línguas
As palabras se esvaziam de sentidos
Mas os gestos nao
Sinalizam
Entao o exercicio que faco é de compor sentidos lendo olhos e corpos
Assim eu também
Faco um exercico diario
Ultrapasssar as palavras para me comunicar
E nesse ritual, encontro-me
Permito que minha alma aprisionada
Se liberte e fale
É essa a que conversa
A que conta histórias
A que encanta
Sinto que reconheco essa alma de outros tempos
E descubro
Estarrecida
Que como numa história, um feitico terrível caíra sobre ela
Sim
Essa alma, a que se liberta
Esteve aprisionada a todas as suas dores
A todos os dissabores
Porque aprendera a SER como se quiseram que Fosse
E assim esvaziava seus días a viver a sequencia das horas
O desencantamento comecou
E enquanto se desencanta, mais forte e bela fica
Foi preciso que essa alma retornasse
Lendo o outro para comecara a ler a si
E ver que nao é tao terrivel
Ser tao doce
E amar tanto
E ser tao sensivel…
Esta alma agora anda assustada com tantas revelacoes
Mas se faz forte porque
Encontrara seu destino
O destino de buscar, encontrar para partir e buscar de novo…
O destino de SER
Faz Calor…
Nao há como nao SER
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